O ex-prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), está entre os 12 indiciados pela Polícia Federal na Operação Autoclave, que apurou supostas irregularidades e desvios de recursos públicos relacionados ao contrato da prefeitura com o Instituto Brasileiro de Saúde, Ensino, Pesquisa e Extensão para o Desenvolvimento Humano (IBSaúde). Também foram indiciados o ex-secretário de Governo, Marcel Frison, e o presidente do instituto, José Eri Osório de Medeiros.
As investigações, iniciadas em 2019, focaram na gestão da UPA Scharlau, que passou a ser administrada pelo IBSaúde a partir de 2017. A PF aponta indícios de desvio de recursos, peculato, organização criminosa, além de corrupção ativa e passiva. Segundo os investigadores, parte dos envolvidos teria atuado para facilitar a assinatura e a prorrogação dos contratos, mesmo diante de alertas sobre falhas na prestação de contas.
Vanazzi é acusado de omissão ao manter o contrato apesar das evidências de irregularidades, mas não há indícios de que tenha recebido vantagens indevidas. A investigação também revelou encontros entre representantes do IBSaúde e integrantes da administração municipal próximos a saques realizados pelo instituto. Cerca de R$ 1,9 milhão foi bloqueado para ressarcimento aos cofres públicos, e entre os indiciados estão ainda familiares do presidente do IBSaúde e o advogado Edvaldo Cavedon, apontado como articulador do contrato.



