A prisão de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e aliado próximo de Jair Bolsonaro, chamou a atenção da deputada Maria do Rosário (PT-RS). Em publicação nas redes sociais, ela apontou que o episódio representa mais um movimento do bolsonarismo para impedir o avanço das investigações e fez um alerta direto a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e hoje um dos principais delatores do caso.
Rosário destacou o risco de o militar acabar como “arquivo morto”, lembrando o caso de Adriano da Nóbrega, ex-policial ligado ao chamado “Escritório do Crime”, que foi morto durante uma operação na Bahia em 2020. Para a parlamentar, a tentativa de retirada de Cid do país pode representar uma ameaça real à sua integridade física.
“Preso Gilson Machado, ex-ministro e puxa-saco de Bolsonaro, tentou fazer um passaporte português para Cid fugir. O Cid que se cuide. Como delator que mostra a corrupção e plano de golpe, se cair numa armadilha de bolsonaristas pra fugir, pode virar arquivo morto. Lembram o Adriano da Nóbrega?” – Deputada Maria do Rosário.
A Polícia Federal (PF) revelou que o plano envolveria a concessão de um passaporte português a Mauro Cid, facilitando sua saída do Brasil antes de um possível endurecimento das medidas judiciais contra ele. Documentos oficiais e contatos internacionais teriam sido usados na estratégia.
Mauro Cid prestou importantes depoimentos à PF após firmar acordo de delação premiada, detalhando as articulações de um suposto golpe de Estado envolvendo militares e integrantes do governo Bolsonaro. O caso segue em investigação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
