A China acaba de dar um passo importante no campo da neurotecnologia pediátrica com o desenvolvimento de uma interface cérebro-computador voltada para o tratamento de crianças com autismo. Criada pela empresa Chengdu Xinnao Technology, a solução utiliza inteligência artificial, engenharia biomédica e neurociência para um diagnóstico rápido e preciso, além de uma intervenção não invasiva e de baixo custo.
O destaque da inovação é o Quick-20r, um headset com 19 eletrodos que consegue mapear em tempo real as ondas cerebrais das crianças, sem necessidade de gel condutor. Por meio de algoritmos de aprendizado profundo, a tecnologia atinge 91,67% de acerto no diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Além disso, a empresa desenvolveu um dispositivo de Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) que regula áreas específicas do cérebro para melhorar a comunicação e o comportamento social.
Mais de duas mil crianças já passaram por esse tratamento, com resultados positivos que incluem mudanças nas regiões cerebrais responsáveis pela interação social. A abordagem inclui ainda sessões de terapia com música, linguagem e habilidades sociais, reforçando o impacto positivo.
Reconhecida pela Federação Chinesa de Pessoas com Deficiência, a tecnologia está presente em mais de 30 hospitais no país e deverá, em breve, ser aplicada também para casos de TDAH e depressão. Além do atendimento clínico, a empresa constrói o maior banco de dados sobre redes cerebrais infantis da China.



