Em 2019, a Amazon enfrentou uma situação inusitada em sua operação europeia. Um jovem de 22 anos, residente na Espanha, descobriu uma falha operacional no processo de devoluções e utilizou o conhecimento para aplicar uma série de fraudes que somaram € 330 mil, ultrapassando os R$ 2 milhões.
O esquema consistia em adquirir diversos produtos pela plataforma e, após recebê-los, solicitar o reembolso dentro do prazo permitido. Ao invés de devolver os itens originais, ele colocava areia nas caixas, igualando o peso exato do produto comprado. O sistema automatizado da Amazon, focado apenas no peso, aceitava a devolução sem conferir o conteúdo.
O golpe ganhou escala e o autor passou a revender os produtos obtidos em um site próprio. Essa movimentação anormal atraiu a atenção dos centros de distribuição, especialmente o localizado em Barcelona, que iniciou uma apuração interna. A fraude foi descoberta quando os pacotes passaram a ser abertos e, em vez dos produtos esperados, encontraram areia embalada.
O caso levou a mudanças nos protocolos de devolução da Amazon, que passou a adotar novas práticas, como revenda de itens recondicionados e doações, impedindo fraudes semelhantes. O jovem foi detido e respondeu judicialmente pelo esquema.
