De acordo com fontes judiciais e cobertura da imprensa americana, os jurados entenderam que faltaram provas consistentes para sustentar as acusações de crime organizado e tráfico sexual com coerção. O caso mais emblemático, que envolvia a cantora Cassie Ventura, alegava que Diddy utilizava uma rede de poder para explorar sexualmente mulheres e controlar sua carreira através de violência, fraude e abuso emocional.
A defesa rebateu essas alegações ao argumentar que as relações exibidas como prova pela acusação eram consensuais e que os relatos eram contraditórios. Em relação à acusação de liderar uma estrutura criminosa para extorsão e tráfico, o júri concluiu que não havia evidências concretas de que Diddy comandasse um esquema estruturado de exploração sexual.
Mesmo inocentado dos crimes que poderiam levá-lo à prisão perpétua, o artista foi condenado por dois crimes federais de transporte para fins de prostituição, envolvendo duas supostas vítimas identificadas como Cassie Ventura e “Jane”.
Ambas as acusações se referem à violação da Lei Mann, uma legislação americana que criminaliza o transporte de pessoas entre estados para fins sexuais comerciais, mesmo com consentimento. Segundo o júri, as evidências de deslocamento com esse propósito foram claras e não dependiam do contexto de coerção ou tráfico, o que justificou a condenação.
O julgamento criminal termina, mas a trajetória judicial de Diddy está longe do fim. Veja os próximos passos:
Audiência de fiança: marcada para os próximos dias, o juiz federal Arun Subramanian decidirá se Diddy permanecerá preso até a sentença ou poderá aguardar em liberdade sob condições judiciais.
Definição da sentença: ainda sem data anunciada, essa audiência será o momento em que a Justiça definirá quanto tempo de prisão o réu deverá cumprir. As duas condenações somam pena máxima de 20 anos.
Possibilidade de apelação: a defesa já sinalizou que poderá recorrer das condenações, especialmente em relação à aplicação da Lei Mann.
Processos civis continuam: além do julgamento criminal, Diddy enfrenta diversos processos civis, incluindo ações por assédio e abuso sexual, algumas delas já resolvidas com acordos milionários, como no caso de Cassie Ventura.



