No Rio Grande do Sul, a genética forense tem se tornado uma aliada fundamental na busca por pessoas desaparecidas. Por meio do cruzamento de DNA de familiares com amostras biológicas de indivíduos não identificados, já foi possível identificar 103 pessoas no estado. Esse trabalho é liderado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) e ocorre com o apoio da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), que conecta dados de 23 estados brasileiros e da Polícia Federal.
Para que a identificação aconteça, é essencial que familiares de primeiro grau do desaparecido forneçam seu material genético. A coleta é simples, podendo ser feita com um cotonete bucal ou com uma gota de sangue. O DNA coletado é exclusivo para esta finalidade e não pode ser utilizado para outros propósitos legais. Quanto mais perfis cadastrados, maior a chance de se encontrar um “match”.
Desde fevereiro de 2025, o Núcleo de Busca Ativa (NBA), vinculado ao Departamento Médico-Legal (DML), tem acelerado o processo de identificação e contato com familiares. O grupo atua diretamente com entrevistas, atualização de bancos de dados e localização de parentes de falecidos, inclusive de outros estados, como foi o caso recente com o Estado de Sergipe.
Uma mobilização nacional entre os dias 26 e 30 de agosto irá reunir mais de 270 pontos de coleta de DNA em todo o país. A ação do Ministério da Justiça e Segurança Pública busca ampliar a base de dados e oferecer respostas a milhares de famílias. Para consultar os locais de coleta, acesse o portal oficial do MJSP.
Com a informação IGP RS.