Com as baixas temperaturas intensificando-se durante o inverno no Rio Grande do Sul, a Sociedade de Pediatria do RS (SPRS) alerta para os cuidados necessários com a vestimenta de bebês e crianças pequenas. A entidade reforça que a forma como os pequenos são agasalhados pode fazer diferença na prevenção de resfriados, pneumonias e até quadros de hipotermia, comuns nesta época do ano.
O principal cuidado, segundo a SPRS, é vestir os bebês e crianças em camadas, o que permite maior controle sobre a regulação térmica. A recomendação é iniciar com roupas térmicas próximas ao corpo, adicionar agasalhos quentes e finalizar com peças impermeáveis ou corta-vento, principalmente em dias de chuva, umidade alta ou vento intenso.
A atenção às extremidades — mãos, pés e cabeça — também é essencial, pois são áreas por onde há maior perda de calor no corpo infantil.
“Bebês devem estar sempre um pouco mais agasalhados que os adultos, mas o excesso também é prejudicial e pode causar superaquecimento, irritação na pele ou até sinais leves de desidratação”, explica o presidente da SPRS, Dr. José Paulo Ferreira.
Para os lactentes, a orientação é o uso de macacões térmicos ou pijamas de algodão com mangas compridas, além de toucas, luvas e meias adequadas. A vulnerabilidade maior se dá porque, nessa faixa etária, o corpo ainda não regula a temperatura com eficiência.
Já para crianças maiores, o cuidado deve se adaptar à intensidade de atividades físicas, já que elas geram calor corporal com facilidade ao brincar e se movimentar.
“Durante a brincadeira, o corpo aquece naturalmente. Se as roupas forem muito pesadas ou não permitirem transpiração, a criança pode sentir desconforto e até apresentar irritações na pele”, acrescenta o pediatra.
Outro ponto importante, conforme a SPRS, é avaliar constantemente o conforto térmico da criança em ambientes internos. Remover camadas em locais aquecidos evita o acúmulo de suor junto à roupa de baixo e contribui para o equilíbrio da temperatura corporal.