A tradicional rede de farmácias Maxxi Econômica, com sede em Canoas e 67 anos de atuação no mercado gaúcho, entrou com pedido de recuperação judicial. A empresa, que já chegou a ter 200 unidades e 1,5 mil funcionários, encolheu nos últimos anos e atualmente mantém 60 lojas e 620 empregados. A decisão busca reorganização financeira e preservação dos postos de trabalho.
O passivo listado no processo chega a R$ 71,5 milhões, envolvendo principalmente bancos, ex-funcionários e fornecedores. Quando somadas as dívidas tributárias e com cooperativas, que ficaram de fora da recuperação judicial, o valor total alcança R$ 100 milhões. A crise, segundo a rede, é resultado de choques sucessivos, como a pandemia, a elevação do custo do crédito e, em 2024, a enchente histórica que alagou 20 farmácias.
A empresa aguarda a decisão da Justiça para que o processo seja autorizado. O plano de reestruturação prevê negociações com credores, incluindo a troca de dívidas caras por outras mais baratas, além da possibilidade de venda de ativos.



