Terceiro a apresentar voto no julgamento da chamada tentativa de golpe, o ministro Luiz Fux tem uma longa trajetória no Judiciário brasileiro. Indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011 pela então presidente Dilma Rousseff, ele assumiu a vaga deixada por Eros Grau, sendo o primeiro nome escolhido pela petista para a Corte. Antes disso, iniciou a carreira como juiz no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em 1993, chegando a desembargador e, posteriormente, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2001, nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
No STJ, Fux ganhou destaque na área de Direito Processual Civil e presidiu a comissão de juristas responsável pelo anteprojeto do novo Código de Processo Civil, em vigor desde 2015. Já no STF, esteve à frente de julgamentos de grande repercussão, como os que envolveram a aplicação da Lei da Ficha Limpa e os processos da Operação Lava Jato. Em 2019, seu nome foi citado em mensagens trocadas entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol, reveladas pelo site The Intercept, nas quais ambos elogiaram sua postura em casos relacionados à Lava Jato.
Ao longo de sua carreira, Fux também ocupou cargos de destaque na cúpula do Judiciário: foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2018 e 2020 e comandou o STF no biênio 2020-2022. Além de magistrado, é autor de livros na área jurídica e conhecido por praticar jiu-jitsu, no qual possui faixa preta. Sua atuação combina experiência acadêmica, protagonismo em julgamentos de impacto e um estilo firme, que agora volta a se evidenciar em um dos processos mais sensíveis da história recente do país.



