O advogado criminalista Roberto Leite anunciou, nesta quarta-feira (10), que não seguirá na defesa de Tiago Ricardo Felber, 40 anos, acusado de matar o filho, Théo Ricardo Ferreira Felber, de 5 anos, ao jogá-lo de uma ponte em São Gabriel. A decisão foi comunicada em nota à imprensa e protocolada no processo.
Segundo Leite, desde que assumiu a defesa, na audiência de custódia realizada em março, passou a receber ameaças de morte pelas redes sociais e pessoalmente, o que o levou a mudar sua rotina. Ele afirmou que a situação se intensificou com a proximidade da audiência marcada para o fim de setembro.
“Desde o dia em que assumi o caso, recebo ameaças contra mim e contra minha família. Essas acusações e intimidações me tiraram a tranquilidade e a paz. Coloquei tudo isso na balança e decidi renunciar”, declarou o advogado.
Leite destacou que não defende o crime praticado, mas sim princípios constitucionais, reforçando que atuou apenas como representante legal, levantando questionamentos sobre a prisão preventiva e solicitando garantias de integridade física ao réu.
Com a saída do advogado, Tiago Felber deverá contratar um novo defensor. Caso isso não ocorra, a Justiça nomeará um advogado para atuar no processo. Ele permanece preso preventivamente na Penitenciária Estadual Modulada de Uruguaiana e será interrogado no próximo dia 25 de setembro, em audiência híbrida na Vara Criminal de São Gabriel.
O crime
De acordo com a investigação, em 24 de março de 2025, Tiago tentou esganar o filho em casa, mas não conseguiu. No dia seguinte, levou o menino para um passeio de bicicleta e, aproveitando-se da confiança da criança, o jogou de uma ponte sobre o Rio Vacacaí, causando a morte por politraumatismo.
O próprio pai confessou o crime, alegando vingança contra a ex-companheira. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado e homicídio qualificado.



