O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, foi identificado como o maior financiador da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante o período em que ela esteve foragida da Justiça brasileira, entre maio e junho deste ano. De acordo com um relatório da Polícia Federal (PF) enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Hang transferiu R$ 5 mil via Pix para a parlamentar.
O documento detalha as movimentações financeiras ligadas à deputada, que na época organizava uma vaquinha virtual para arrecadar recursos. Segundo a PF, apenas entre 8 e 24 de maio de 2025, Zambelli movimentou R$ 339 mil entre contas pessoais em dois bancos — Itaú Unibanco e Caixa Econômica Federal.
Além do empresário, outros nomes também aparecem entre os principais doadores:
LCG Paschoalino Ltda. (R$ não informado), registrada sob o nome fantasia LCG Transportes;
Marcos Adolfo Tadeu Senamo Amaro, empresário e colecionador de arte (R$ não informado);
Karina Zupelli Roriz dos Santos, secretária parlamentar no gabinete de Zambelli (R$ 3.187,62);
Antônio Aginaldo de Oliveira, marido da deputada (R$ 2 mil);
Cristiane de Brum Nunes Marin (R$ 2 mil).
O relatório ressalta que, mesmo antes da prisão, Zambelli já era alvo de inquérito criminal no STF por tentativa de obstrução de investigações. Durante o período em que esteve fora do país, ela também divulgou mensagens públicas com críticas ao Judiciário.