A Prefeitura de Porto Alegre anunciou que, a partir de outubro, duas novas tecnologias serão incorporadas ao combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. A iniciativa complementa o trabalho realizado desde 2012 com armadilhas tradicionais e busca ampliar o monitoramento e o controle da infestação.
🔹 Ovitrampas – Serão instaladas 132 armadilhas em dez bairros (Menino Deus, São João, São Geraldo, Independência, Bom Fim, Rio Branco, Ipanema, Belém Novo e Restinga). Esses dispositivos permitem acompanhar a quantidade de ovos depositados, ajudando a indicar o grau de infestação em cada região.
🔹 Estações disseminadoras de larvicidas – Inéditas na capital, serão aplicadas inicialmente em quatro bairros: Passo das Pedras, Bom Jesus, Vila João Pessoa e Vila São José. Os potes plásticos contêm água e uma tela impregnada com larvicida em pó, que adere ao mosquito e é levado para outros criadouros, interrompendo o desenvolvimento das larvas.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), os locais foram escolhidos com base em critérios técnicos, histórico de casos de dengue e densidade populacional. A expectativa é alcançar áreas onde vive 73% da população da cidade.
Além da instalação, a Vigilância Ambiental realizará capacitação de agentes de combate a endemias e comunitários de saúde. A colaboração da população também será essencial: moradores deverão permitir o acesso dos agentes e manter a água nos dispositivos conforme orientado.
Segundo o biólogo Tiago Fazolo, o uso combinado das tecnologias permitirá análises mais precisas:
— Uma das avaliações será a relação entre ovos depositados e mosquitos adultos em circulação.