A Justiça Eleitoral determinou o afastamento de Juliane Bonfá, servidora do Ministério Público estadual em São Borja, na Fronteira Oeste. Ela é suspeita de ter vazado informações sigilosas de uma investigação sobre compra de votos para familiares do ex-vereador Celso Lopes (PDT), investigado no caso.
A decisão judicial foi tomada após a operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de busca e apreensão de documentos e celulares na quarta-feira (17). A ação também ocorreu na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), onde está preso Marcos Martins Antunes, o MK, apontado como chefe de facção suspeito de tentar influenciar o pleito municipal de 2024.
Segundo a PF, Juliane teria usado seu cargo para repassar informações antes mesmo da abertura oficial do inquérito, em setembro de 2024, permitindo que os investigados se articulassem para obstruir a Justiça.
O caso é um desdobramento da operação Integridade Eleitoral, deflagrada em outubro de 2024, que já havia identificado a tentativa de influência do crime organizado na eleição de Celso Lopes. O político foi indiciado por falsidade ideológica e fraude processual, após a PF concluir que ele apresentou provas falsas sobre sua participação em um evento de familiares de um líder criminoso na Fronteira.
Com informações GZH