A perícia criminal desempenha papel essencial na identificação de remanescentes humanos, especialmente quando os vestígios já se encontram em estado avançado de decomposição. Um exemplo recente ocorreu em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, onde seis crânios foram localizados em diferentes pontos da cidade ao longo de três meses. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) trabalha no caso para traçar o perfil das vítimas e auxiliar nas investigações.
De acordo com os especialistas, a identificação pode ocorrer por meio da papiloscopia, quando as impressões digitais estão preservadas. Porém, em situações mais complexas, entram em ação áreas como a Genética Forense, a Odontologia Legal e a Antropologia Forense. A análise de DNA, por exemplo, depende das condições ambientais em que os ossos foram encontrados e pode fornecer informações importantes para estabelecer conexões com registros de desaparecimentos.
A Antropologia Forense é responsável por estimar sexo, idade, estatura e ancestralidade das vítimas, além de verificar possíveis traumas. Já a Odontologia Legal realiza comparações entre radiografias, prontuários odontológicos e até fotografias de sorrisos para confirmar identidades. Esses dados podem ser decisivos quando não existem impressões digitais ou outros elementos para análise.
Quando a identificação é possível, os restos mortais são entregues às famílias para sepultamento. Nos casos em que não há sucesso, o perfil genético é armazenado no Banco de Perfis Genéticos, permitindo futuras comparações. Para os peritos, não existe um único método de identificação: a escolha depende da qualidade dos vestígios e da disponibilidade de dados para cotejo.
IGP.
