O Flamengo obteve na Justiça, nesta sexta-feira (26), uma liminar que suspendeu a divisão de parte das receitas da Libra, liga que reúne clubes como Grêmio, Palmeiras e Atlético-MG. O bloqueio envolve R$ 77 milhões, valor que seria repassado ao grupo pela venda dos direitos de transmissão do Brasileirão.
A medida foi criticada pelo presidente gremista Alberto Guerra, que chamou a iniciativa de “inaceitável” e disse que o tema deveria ter sido tratado em assembleia da Liga. Segundo ele, a decisão prejudica financeiramente os demais clubes.
O processo foi movido sob a gestão de Luiz Eduardo Baptista, dirigente do Flamengo, que defende maior participação do clube nas cotas ligadas à audiência. O posicionamento rompe com acordo anteriormente aprovado por unanimidade entre os integrantes da Libra e assinado com a Globo.
Modelo de distribuição
O contrato firmado com a Globo prevê:
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40% da receita dividida igualmente entre os clubes;
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30% vinculados à performance no Campeonato Brasileiro;
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30% destinados à audiência, que agora está no centro da disputa.
Outro ponto do acordo estabelece limites entre os valores pagos ao clube que mais arrecada e ao que recebe menos, buscando reduzir desigualdades.
Mesmo diante do impasse, Guerra acredita que uma organização mais estruturada da Liga pode aumentar a receita geral dos clubes.
Integram a Libra: ABC, Atlético-MG, Bahia, Brusque, Flamengo, Grêmio, Guarani, Palmeiras, Paysandu, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória. Este último, porém, negocia a saída para a Liga Forte União (LFU), liderada pelo Internacional.
