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Foto: ONU/Cia Pak

Greta Thunberg é torturada em Israel, diz ativista

Dois passageiros relataram à agência Reuters que presenciaram maus-tratos durante a detenção

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Um grupo de 137 ativistas estrangeiros detidos por Israel após tentar levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza chegou à Turquia neste sábado (4), após serem deportados. Entre eles estão cidadãos da Turquia, Estados Unidos, Emirados Árabes, Argélia, Marrocos, Itália, Kuwait, Líbia, Malásia, Mauritânia, Suíça, Tunísia e Jordânia, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores turco.

Os deportados faziam parte da Flotilha Global Sumud, que buscava romper o bloqueio marítimo imposto por Israel e entregar suprimentos à população palestina.

Dois passageiros, Hazwani Helmi, da Malásia, e Windfield Beaver, dos Estados Unidos, relataram à agência Reuters que presenciaram maus-tratos durante a detenção, incluindo agressões contra a ativista ambiental Greta Thunberg, que integrava a missão.

“Ela foi empurrada e forçada a segurar uma bandeira de Israel”, afirmou Helmi, de 28 anos. O norte-americano Beaver, 43, acrescentou que Thunberg foi “tratada de forma terrível” e “usada como propaganda política”. Segundo ele, a ativista foi levada à força para uma sala quando o ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, de extrema direita, chegou ao local.

Os ativistas também denunciaram que, durante a detenção, não receberam comida ou água adequadas, tiveram remédios e pertences confiscados e ficaram horas algemados de forma degradante.

De acordo com a organização Adalah, que presta assistência jurídica a presos palestinos e estrangeiros, alguns detidos ficaram sem acesso a advogados, banheiros ou medicamentos. O grupo afirma que vários foram “forçados a se ajoelhar com as mãos presas por zíperes plásticos por mais de cinco horas” após gritarem “Palestina Livre”.

Em Roma, parlamentares italianos que participaram da flotilha também relataram tratamento violento. “Fomos brutalmente impedidos e tomados como reféns”, declarou Benedetta Scuderi, uma das deputadas a bordo. O também parlamentar Arturo Scotto afirmou que “quem agiu legalmente foi quem tentava levar ajuda; ilegal foi quem impediu”.

Segundo o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, 26 italianos estavam no voo que pousou em Istambul, enquanto outros 15 continuam detidos em Israel, aguardando deportação nos próximos dias.

O governo israelense ainda não se pronunciou sobre as novas acusações envolvendo Greta Thunberg, mas o Ministério das Relações Exteriores do país já havia classificado como “falsas” as denúncias de maus-tratos feitas por integrantes da flotilha.

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