A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu o inquérito sobre o acidente com um balão em Praia Grande, no Extremo Sul do estado, que provocou a morte de oito pessoas e deixou 13 feridas em junho de 2025. No total, 21 pessoas estavam a bordo da aeronave quando ocorreu a tragédia.
De acordo com o relatório final, divulgado com exclusividade pelo Jornal da Record, o piloto Elvis de Bem Crescêncio não foi indiciado, por falta de provas que apontassem sua responsabilidade. Segundo o delegado-geral Ulisses Gabriel, o incêndio que destruiu o balão foi provocado por uma chama externa, cuja origem não pôde ser determinada.
O caso segue sob análise do Ministério Público e tramita em segredo de Justiça. A defesa do piloto ainda não se manifestou. Enquanto isso, familiares e sobreviventes se mobilizam para criar uma associação em busca de justiça e responsabilização pelos fatos.
Relembre o acidente
A tragédia ocorreu em 21 de junho de 2025, durante um voo turístico que deveria durar cerca de 45 minutos. Poucos minutos após a decolagem, um incêndio começou no cesto do balão. O extintor de incêndio não funcionou, segundo o relato do piloto.
Com o fogo se alastrando, 13 ocupantes conseguiram saltar, incluindo o piloto. A perda de peso fez o balão subir novamente, e as oito vítimas fatais não tiveram chance de escapar. Quatro delas caíram de cerca de 45 metros, enquanto as outras morreram carbonizadas após a queda da estrutura em chamas.
Medidas após o acidente
Após o caso, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) anunciou mudanças nas normas de segurança do balonismo comercial, incluindo:
Certificação obrigatória para empresas e pilotos que realizam voos turísticos;
Separação das atividades entre balonismo esportivo e comercial;
Criação da primeira escola de formação de pilotos de balão do Sul do país, inaugurada em Praia Grande.
As novas regras devem ser implementadas de forma gradual para aumentar a segurança nas operações turísticas com balões.