A Penitenciária Modulada Estadual de Osório (PMEO) deu início à produção de bags industriais de ráfia, utilizados para transporte e armazenamento de grãos, fertilizantes e cimento, em parceria com a empresa Sulpac Soluções em Embalagens.
O acordo tem como objetivo qualificar e ressocializar pessoas privadas de liberdade. Nesta fase inicial, 12 apenados já começaram a trabalhar após treinamento específico, e a expectativa é de que o número chegue a 50 trabalhadores, com possibilidade de expansão para mais 50 vagas em novos módulos.
Os participantes recebem equipamentos de proteção, certificação profissional e treinamento de segurança conforme os padrões ISO 9001. A meta é produzir 700 unidades por dia, com destino principal às plataformas da Petrobras.
Além do salário — 75% do mínimo vigente —, os presos recebem remição de pena (um dia a menos a cada três trabalhados), e as empresas parceiras contribuem com melhorias estruturais na penitenciária.
A PMEO já mantém outras frentes de trabalho, incluindo uma indústria de vestuário feminino com 25 internos e atividades de artesanato e ligas laborais que envolvem 215 presos. Uma nova empresa de confecção deve abrir mais 25 vagas em breve.
Segundo a direção, trabalho e educação são pilares fundamentais para a disciplina e reintegração social. Atualmente, quase 400 apenados estudam na unidade, e 232 concluíram o Ensino Fundamental e Médio em agosto, com o apoio do Neeja Novos Ventos. A penitenciária abriga cerca de 1.500 presos nos regimes fechado e semiaberto.