Fraude no INSS: Paulo Pimenta pede prisão de empresários dos “Golden Boys”
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Foto: Reprodução

Fraude no INSS: Paulo Pimenta pede prisão de empresários dos “Golden Boys”

Entre os investigados estão Felipe Macedo Gomes, Américo Monte Júnior, Igor Dias Delecrode, Anderson Cordeiro de Vasconcelos, Marco Aurélio Gomes Júnior e Mauro Palombo Concilio

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O líder do governo na CPMI do INSS, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), apresentou dois requerimentos pedindo ao colegiado o encaminhamento de representações ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresários investigados por um suposto esquema bilionário de fraudes em benefícios previdenciários. O grupo, conhecido como “Golden Boys”, é acusado de desviar cerca de R$ 714 milhões de aposentados e pensionistas por meio das associações Amar Brasil, Master Prev, ANDAPP e AASAP. Entre os investigados estão Felipe Macedo Gomes, Américo Monte Júnior, Igor Dias Delecrode, Anderson Cordeiro de Vasconcelos, Marco Aurélio Gomes Júnior e Mauro Palombo Concilio.

Os requerimentos apresentados por Pimenta pedem, respectivamente, a prisão preventiva dos seis principais suspeitos e a apreensão de seus passaportes, além de medidas cautelares para impedir que deixem o país. Segundo o deputado, há fortes indícios de estelionato, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, além do risco concreto de evasão internacional — com informações de que um dos envolvidos já estaria nos Estados Unidos.

Durante a oitiva desta segunda-feira (20), o empresário Felipe Macedo Gomes, dirigente da Amar Brasil, foi apontado como um dos principais operadores do esquema e permaneceu em silêncio, amparado por habeas corpus. Segundo as investigações, ele seria o responsável por movimentar, junto às demais entidades, cerca de R$ 700 milhões entre 2022 e 2025, sendo R$ 300 milhões apenas pela Amar Brasil, por meio de descontos indevidos em benefícios do INSS. Parlamentares governistas apontaram ligações políticas do grupo com o bolsonarismo, destacando uma doação de R$ 60 mil feita por Gomes à campanha do ex-ministro da Previdência Onyx Lorenzoni.

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) e os deputados Rogério Correia (PT-MG) e Alencar Santana (PT-SP) reforçaram a gravidade do caso, afirmando que o grupo utilizou empresas e associações de fachada para ocultar patrimônio e lavar dinheiro público. A CPMI já identificou 27 processos ligados às entidades investigadas e prepara um relatório parcial que deve propor indiciamentos por estelionato, corrupção e lavagem de dinheiro.

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