O publicitário Ricardo Jardim, suspeito de matar, esquartejar e esconder as partes do corpo da namorada, Brasília Costa, de 65 anos, em Porto Alegre, foi indiciado pela Polícia Civil por feminicídio, ocultação de cadáver e falsificação de documentos.
A conclusão do inquérito foi apresentada nesta sexta-feira. De acordo com a investigação, Jardim agiu sozinho em todas as etapas do crime. Ele está preso preventivamente desde setembro. A pena pode chegar a 98 anos e oito meses de prisão, o equivalente a quase 100 anos, em caso de condenação.
Apesar do encerramento do inquérito, a Polícia Civil segue as buscas para localizar a cabeça da vítima, que ainda não foi encontrada.
O publicitário foi indiciado por sete crimes:
- Feminicídio
- Ocultação de cadáver
- Falsificação de documento público
- Uso de documento falso
- Falsa identidade
- Invasão de dispositivo informático
- Furto mediante fraude
Em depoimento à polícia, Ricardo Jardim alegou que a morte da namorada teria ocorrido em razão de um mal súbito. Ele negou ter esquartejado o corpo e afirmou que o ato teria sido cometido por um catador de lixo contratado por R$ 2 mil. No entanto, segundo a investigação, todos os elementos coletados durante o inquérito descartam a participação de uma segunda pessoa no crime.
Conhecido como o caso do “corpo na mala”, o crime chocou Porto Alegre pela brutalidade e pelas tentativas do suspeito de ocultar o assassinato.



