O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar com veemência a violência contra a mulher, nesta quarta-feira (3), ao afirmar que homens que cometem agressões não precisam apoiá-lo nas eleições de 2026. A declaração ocorreu durante a entrega de Carteiras Nacionais Docente do Brasil (CNDB), no Ceará.
“É um compromisso nosso. Quero olhar na cara dos companheiros, tenho coragem de chegar na época da eleição e dizer: o vagabundo que bate na mulher não precisa votar no Lula para presidente da República, porque esse voto não presta”, disse o presidente durante o discurso.
Lula destacou que os homens precisam assumir responsabilidade na prevenção da violência e não podem continuar “quietos e passivos” diante da escalada de casos no país.
“Não é problema das mulheres, é problema do animal chamado homem. É problema nosso não permitir que aconteça com mulheres brasileiras o que a gente viu nos meios de comunicação esta semana”, afirmou o presidente, ao citar casos recentes ocorridos em São Paulo — entre eles, o de uma mulher que teve as pernas amputadas após ser atropelada e arrastada pelo ex-companheiro, e o do homem que atirou com duas armas contra a ex-parceira.
As declarações reforçam a cobrança do governo por políticas de combate à violência de gênero e por maior participação e responsabilidade dos homens no enfrentamento ao problema.



