A decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de revisar as regras para processos de impeachment contra integrantes da própria Corte gerou forte reação no Congresso Nacional. A medida, tomada de forma monocrática, tende a dificultar o afastamento de ministros com base apenas em decisões judiciais, o que foi interpretado por parlamentares como um movimento de blindagem do Judiciário.
Segundo aliados, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ficou visivelmente irritado com a iniciativa de Gilmar. Ele avaliou que a mudança cria um desequilíbrio entre os Poderes e acende um alerta sobre a redução dos mecanismos de controle que o Legislativo exerce sobre o Judiciário. Alcolumbre já estaria discutindo alternativas de resposta institucional e possíveis ações do Congresso diante do cenário.
Nos bastidores do Parlamento, o clima é de tensão. Deputados e senadores demonstram preocupação com o que consideram um fortalecimento excessivo do STF em relação aos demais Poderes. A avaliação predominante é de que qualquer revisão nas regras de responsabilização de ministros da Corte deve ser amplamente debatida pelo Legislativo, e não definida de forma unilateral pelo Supremo.
A orientação entre os aliados de Alcolumbre é de que a reação será firme, porém institucional, para preservar o equilíbrio entre os Poderes e evitar novos atritos no cenário político nacional.



