A morte de John Lennon completa 45 anos nesta segunda-feira (8), marcando mais um aniversário de um dos episódios mais traumáticos da história da música. O ex-Beatle foi assassinado em 1980, em Nova York, por um fã obcecado, encerrando de forma brutal a trajetória de um dos artistas mais influentes do século 20. Lennon, que dedicava aquele período a projetos pessoais, ao ativismo pela paz e ao cuidado com a família, teve sua voz calada no momento em que se preparava para retomar a vida pública com mais intensidade após anos de reclusão.
Passadas mais de quatro décadas, o impacto de sua morte segue evidente. Para toda uma geração, Lennon representava a mistura rara de genialidade musical com pensamento crítico, irreverência e coragem política. Da parceria histórica com Paul McCartney às composições que ecoam até hoje — como “Imagine”, “All You Need Is Love” e “Instant Karma!” — o legado do artista permanece como referência indispensável para músicos, fãs e estudiosos.
Os 45 anos sem Lennon também reacendem debates sobre a cultura de idolatria, a violência armada nos Estados Unidos e os limites da exposição pública de grandes figuras. O assassinato do músico, cometido na porta de casa, em frente ao edifício Dakota, mudou a forma como celebridades passaram a lidar com segurança e com a aproximação de fãs. A morte abrupta do artista escancarou como a vulnerabilidade de ídolos pode ser trágica — mesmo para alguém cuja obra defendia justamente o contrário disso.
Quarenta e cinco anos após sua partida, John Lennon continua sendo não apenas um ícone do rock, mas um símbolo de esperança e resistência cultural.



