Por muito pouco Porto Alegre não ficou fora da rota de uma das maiores turnês de rock do mundo. O que quase tirou o show do Guns N’ Roses da cidade não foi logística, não foi agenda apertada e muito menos falta de público. O problema foi falta de interesse dos estádios em receber o espetáculo. Isso mesmo: Porto Alegre quase perdeu o show por falta de estádio disposto a abrir as portas.
O plano inicial era simples: Guns N’ Roses no Beira-Rio, como já aconteceu em outras passagens da banda. Mas, surpreendentemente, o estádio não demonstrou interesse em viabilizar a data. Outros locais consultados seguiram a mesma linha, e, enquanto o resto do país garantia seus espaços, Porto Alegre caminhava para ficar fora do circuito nacional justamente por não ter um estádio disponível.
Foi aí que entrou a produtora, que fez um esforço acima do normal para manter a capital na rota do rock. Com habilidade de negociação, conseguiram viabilizar o Jockey Club como local da apresentação. E vale dizer: não foi improviso. A equipe precisou adaptar o espaço para receber uma megaprodução, com toneladas de estrutura, iluminação pesada, palco de nível internacional e toda a operação de segurança e mobilidade que um show do Guns exige.
No fim das contas, o que poderia ser mais um capítulo da perda de eventos gigantes por falta de interesse dos estádios virou uma vitória da persistência. Se Porto Alegre não saiu do mapa da turnê, é porque alguém fez questão, e não foram os estádios.



