O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, descerrou, na manhã deste sábado (20), a placa que marca o início das obras do Centro de Apoio ao Diagnóstico e Terapia (CADT) do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Durante a agenda na Capital, ele também assinou contratos da modalidade 2 do programa Agora Tem Especialistas com as prefeituras de Canoas e de São Lourenço do Sul.
Com o objetivo de agilizar fluxos, incorporar novas tecnologias, aumentar a capacidade de atendimento e reduzir filas de espera, o CADT será erguido com recursos do Ministério da Saúde, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O valor estimado para a construção da estrutura é superior a R$ 230 milhões, e o prazo de conclusão do projeto é de 36 meses após o início dos trabalhos. “O GHC vai bater um recorde de atendimentos. Este ano, vai chegar a quatro milhões de exames. Com a nova estrutura, vai acrescentar mais 700 mil”, comemorou Padilha.
Gilberto Barichello, diretor-presidente do GHC, afirmou: “Hoje, os pacientes precisam circular por todo o hospital para realizar seus exames. Com o novo empreendimento, todo o diagnóstico ficará concentrado em um único local, agilizando o atendimento. Além disso, cerca de 5 mil metros quadrados da estrutura antiga serão liberados, passarão por reforma e serão transformados em novos leitos”.
O prédio, com nove andares e quase 20 mil metros quadrados, abrigará serviços de diagnóstico por imagem, como ressonância magnética, tomografia, ultrassonografia, radiologia, mamografia e densitometria. Também contará com hemodinâmica e radiointervenção, endoscopia, eletrocardiograma e ecocardiograma, além de medicina nuclear, hemodiálise e hemoterapia. O espaço ainda terá áreas para dispensação de medicamentos antirretrovirais, posto de coleta, laboratório de análises clínicas, ensino e administração. O início da obra está previsto para 5 de janeiro de 2026.
A agenda também contemplou uma visita de Padilha ao espaço onde foi instalado o novo serviço de braquiterapia, no Centro de Oncologia e Hematologia, e aos 23 leitos de internação recém-reformados do Hospital Nossa Senhora da Conceição. “A instituição passa a oferecer tudo o que há de mais moderno no tratamento contra o câncer. Além disso, com o terceiro turno, celebramos a redução do tempo de espera e o aumento de 44% no número de cirurgias”, frisou o ministro.
A nutricionista Liége Figueiró, de 60 anos, foi a primeira paciente a receber o tratamento com uso da braquiterapia. Diagnosticada com câncer de colo do útero, ela foi integralmente atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais Fêmina e Conceição. “É tudo de primeiro mundo. Além dos equipamentos e dos ambientes novos, a equipe faz toda a diferença. Desde a recepção até os médicos. Todos chamam a gente pelo nome e não deixam faltar nada”, destacou.
Mais atendimentos e menos filas
Ao fazer o balanço dos primeiros seis meses de implantação do terceiro turno no GHC, Barichello destacou alguns dos principais números. Foram realizadas 7 mil cirurgias e mais de 700 mil exames. Houve aumento de 69% das teleconsultas e redução do absenteísmo nas consultas em razão do uso do serviço de confirmação via WhatsApp.
A programação da manhã também foi marcada pela posse da nova diretora de Atenção à Saúde do GHC, Rosana Reis Nothen, e pela assinatura de termos de adesão à modalidade 2 do programa Agora Tem Especialistas. Aderiram à modalidade, gerenciada pelo GHC do Sul do Brasil, a Prefeitura de Canoas/Hospital Universitário (HU) e a Santa Casa de São Lourenço do Sul.
Com o HU, está prevista a contratação de 4.911 atendimentos no trimestre, com investimento superior a R$ 9 milhões. Na Santa Casa de São Lourenço do Sul, a previsão é de 540 atendimentos ao longo de três meses, com valor estimado em R$ 1,4 milhão.
Também pelo programa Agora Tem Especialistas, foram anunciados créditos financeiros em troca de consultas, exames e cirurgias para a Santa Casa de Rio Grande; Hospital Bom Jesus (Taquara); Hospital Regional Nelson Cornetet (Guaíba); Hospital Monporto (Rio Grande); Santa Casa de Porto Alegre; Instituto de Cardiologia (Porto Alegre); Hospital Restinga e Extremo-Sul (Porto Alegre); Associação Hospitalar Vila Nova (Porto Alegre) e Santa Casa de Pelotas.



