A ativista sueca Greta Thunberg, de 22 anos, foi detida pela polícia de Londres durante uma manifestação realizada no centro da capital britânica em apoio a ativistas pró-Palestina que estão em greve de fome. A prisão ocorreu após ela exibir um cartaz de apoio ao grupo Palestine Action, organização classificada como proibida pelas autoridades do Reino Unido.
Segundo informações publicadas pelo jornal The Independent, o protesto ocorreu em frente aos escritórios da Aspen Insurance, empresa que, de acordo com os manifestantes, presta serviços à Elbit Systems, companhia de defesa associada a Israel. A ação foi organizada pelo grupo Prisoners for Palestine, que denuncia a prisão preventiva de integrantes do Palestine Action.
Durante a manifestação, dois ativistas jogaram tinta vermelha na fachada do prédio antes da chegada da polícia. Eles foram presos sob suspeita de dano criminal. Greta chegou posteriormente ao local e acabou detida por, segundo a polícia, exibir um objeto em apoio a uma organização proibida, o que configura violação ao Artigo 13 da Lei de Terrorismo de 2000.
O cartaz exibido pela ativista trazia mensagens de apoio a membros presos do grupo Palestine Action e uma crítica à ofensiva militar em Gaza. De acordo com os organizadores do protesto, os grevistas de fome exigem o fim da presença de fábricas de armas ligadas a Israel no Reino Unido, a retirada da proibição da organização, melhores condições para presos sob custódia e a concessão de liberdade provisória.
Conforme divulgado, ao menos três participantes já interromperam a greve de fome após apresentarem complicações de saúde, enquanto outros seguem em protesto. O governo britânico afirmou que não irá intervir em processos judiciais em andamento.
O ministro das prisões, Lord Timpson, declarou que os detidos respondem por crimes considerados graves, como roubo qualificado e danos ao patrimônio, e reforçou que decisões judiciais cabem exclusivamente ao Judiciário. Segundo ele, qualquer interferência do governo violaria o princípio da separação de poderes.
Em nota, a Polícia da Cidade de Londres confirmou que a ocorrência teve início por volta das 7h da manhã, após o uso de martelos e tinta para danificar um prédio na Fenchurch Street, e que uma mulher de 22 anos foi presa posteriormente por demonstrar apoio público a uma organização banida.



