A ex-participante do Big Brother Brasil, Paulinha Leite, passou a responder a uma ação judicial movida pela Caixa Econômica Federal após acumular dezenas de premiações em concursos da Mega-Sena ao longo dos últimos anos. Conhecida por divulgar estratégias de apostas e organizar bolões, a influenciadora ganhou notoriedade ao registrar mais de 30 premiações em sorteios oficiais.
O processo foi protocolado após a Mega da Virada de 2025, quando Paulinha acertou a quina utilizando um jogo com 20 números, dentro de bolões organizados por sua empresa. A Caixa sustenta que possui exclusividade legal para a exploração dos serviços lotéricos no país e contesta a intermediação de apostas realizada por plataformas privadas.
Defesa sustenta legalidade da intermediação
A empresária afirma que sua empresa, a Unindo Sonhos, não promove sorteios próprios nem opera como loteria paralela, mas atua apenas na organização de bolões, prática prevista nas regras oficiais da Caixa. Segundo informações divulgadas pelo colunista Leo Dias, a defesa sustenta que a atividade se enquadra como intermediação, e não como exploração lotérica.
Em agosto, as atividades da empresa chegaram a ser suspensas de forma temporária. No entanto, o desembargador Newton Ramos, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), autorizou a retomada das operações até o julgamento definitivo do caso. A decisão teve como base normas do Ministério da Fazenda, publicadas em 2024, que diferenciam a administração de loterias da simples organização coletiva de apostas.
Premiações e destino do dinheiro
Na Mega da Virada, Paulinha participou de 12 bolões e obteve 10 quinas, somando cerca de R$ 400 mil em prêmios. Em entrevista concedida ao jornal O Globo, ela explicou que os valores recebidos são tratados como investimento.
“Ganhei em vários bolões, então tive premiações diferentes em cada um deles”, afirmou à época.
A ex-BBB também relatou que costuma aplicar os ganhos em ações e investimentos de renda recorrente, evitando gastos imediatos. Segundo ela, a frequência das premiações está ligada a cálculos estatísticos e ao volume de apostas organizadas, e não a qualquer favorecimento.
Em nota pública, Paulinha destacou que o processo não é exclusivo contra sua empresa e envolve outras plataformas do setor, reforçando que suas atividades seguem a legislação vigente.



