Ganhar na Mega-Sena é o sonho de milhões de brasileiros, mas para alguns vencedores, a fortuna acabou acompanhada de tragédias. Casos de mortes repentinas, assassinatos, golpes e até crimes envolvendo familiares alimentam o que muitos chamam de “maldição da Mega-Sena”.
Um dos episódios mais recentes é o de Antônio Lopes de Siqueira, de 70 anos, que morreu em dezembro de 2024, menos de um mês após ganhar R$ 201 milhões. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória durante uma ida ao dentista, no Mato Grosso. Segundo familiares, ainda não havia decidido o que faria com o dinheiro.
Entre os casos mais violentos está o de Jonas Lucas Alves Dias, que ganhou R$ 47,1 milhões em 2020 e foi assassinado dois anos depois, em São Paulo. A polícia apontou que o crime foi premeditado para extorsão e pode ter envolvido pessoas próximas à vítima.
Outro episódio que chocou o país foi o de Miguel Ferreira de Oliveira, vencedor de R$ 39 milhões em 2011. Ele foi morto a tiros em 2018, durante uma seresta em um bar no interior do Ceará. Já o ex-lavrador Renê Senna, que ganhou R$ 51,8 milhões em 2005, foi assassinado em 2007, no Rio de Janeiro. Anos depois, sua viúva foi condenada como mandante do crime.
Há ainda casos envolvendo disputas familiares, como o de Fábio Leão Barros, que ganhou R$ 28 milhões e teve a morte supostamente encomendada pelo próprio pai, após conflitos judiciais pelo dinheiro. O crime não chegou a ser executado.
Além das mortes, alguns ganhadores enfrentaram golpes milionários. Em 2022, Fredolino José Pereira, vencedor da Mega-Sena em 2018, perdeu mais de R$ 10 milhões após ser vítima de estelionato praticado por pessoas próximas.
Às vésperas de mais um sorteio histórico da Mega da Virada,esses casos reacendem o debate sobre os riscos que podem acompanhar a mudança brusca de vida provocada pela fortuna repentina.



