As águas limpas e mais quentes que marcam o início deste veraneio no litoral norte do Rio Grande do Sul estão trazendo não apenas atrativos aos banhistas, mas também riscos. A presença de mães-d’água, popularmente chamadas de águas-vivas, tem aumentado, e episódios recentes em Torres reforçam o alerta das autoridades.
No dia 30 de dezembro, banhistas foram surpreendidos com o aparecimento de uma mãe-d’água gigante na orla, cena que gerou susto e curiosidade. A aparição chamou atenção até de moradores antigos e pescadores, pouco acostumados a encontrar exemplares de tamanha dimensão na região. Especialistas afirmam que as condições favoráveis da água e do clima neste período facilitam a vinda de animais marinhos trazidos pela corrente oceânica.
Além do impacto visual, o aumento desses animais tem causado problemas de saúde. Centenas de pessoas relataram queimaduras após o contato com os tentáculos, que liberam uma substância tóxica. O veneno age por meio de células chamadas nematocistos, capazes de provocar dor, ardência e irritação intensa na pele. A gravidade dos sintomas pode variar de acordo com a sensibilidade individual e a espécie envolvida.
Profissionais da área de saúde e guarda-vidas reforçam a importância de saber como agir em caso de queimadura. Entre as orientações, estão:
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Lavar o local com água do mar, nunca com água doce, que pode agravar o quadro;
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Aplicar vinagre para neutralizar parte da toxina;
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Procurar imediatamente o posto de salva-vidas para atendimento e avaliação.
Por outro lado, práticas populares como aplicar urina, pasta de dente ou gelo são contraindicadas e podem piorar a lesão.
Com a temporada apenas começando, autoridades recomendam atenção redobrada aos avisos de bandeiras e orientações de guarda-vidas, especialmente em dias de mar calmo e quente, quando a presença das mães-d’água costuma ser maior.
