Um vídeo de uma criança, de apenas 11 anos, que foi alvo de racismo durante uma partida de futebol, está circulando pelas redes sociais e causando comoção e revolta. O caso aconteceu em um jogo da Caldas Cup, torneio disputado em Caldas Novas, Goiás, na última terça-feira (16).
Na gravação, Luiz Eduardo Bertoldo Santiago, jogador do Uberlândia Academy, do Triângulo Mineiro, conta que as ofensas partiram do técnico da equipe adversária.
“Ele falava assim: fecha o preto, fecha o preto aí, ó. Aí eu guardei para falar no final, para os pais. Falou um tanto de vezes”, disse o menino, aos prantos. Naquele dia, o time de Uberlândia enfrentava o Set Esportes, segundo informações do Estado de Minas.
Assista ao depoimento emocionante de Luiz Eduardo:
Esse é o relato do garoto Luiz Eduardo, jogador do sub-11 do Uberlândia Academy, que sofreu racismo durante jogo contra o Set Esportes, pela Caldas Cup. Ele aguentou insultos durante toda a partida e foi às lágrimas após o jogo. Um absurdo. Crime cometido contra uma criança. pic.twitter.com/Hgi68YSAFA
— Josias Pereira (@josiaspereira) December 18, 2020
Em nota, o Uberlândia Academy afirmou que Luiz Eduardo deixou o campo chorando logo após a partida. O clube informou ainda que registrou Boletim de Ocorrência e que espera uma atitude da organização do campeonato. A Polícia Civil vai investigar o caso.
Após a denúncia, Lázaro Caiana de Oliveira, membro da comissão técnica do Set Esportes, foi suspenso provisoriamente pela Liga Desportiva da Região das Águas Thermais.
O Caldas Cup também se manifestou nas redes. Por meio de nota, disse que repudia qualquer atitude racista ou discriminatória ocorrido dentro ou fora do evento.
Confira a nota:
A organização da Caldas Cup vem em NOTA dizer que repudia qualquer atitude racista ou discriminatória ocorrido dentro ou fora do evento.
Afirmamos que não pactuamos com qualquer atitude discriminatória que venha a ser cometida na competição, independente de quem venha comenter tal ato.
A organização estará sempre presente para que os fatos sejam apurados pelas autoridades competentes para que a diferença de cor seja só na camisa.
Via Revista Fórum