Brasil vai confirmar meta de eliminar desmatamento ilegal no país até 2030 na COP-26
Foto: Divulgação | Polícia Federal

Brasil vai confirmar meta de eliminar desmatamento ilegal no país até 2030 na COP-26

País também quer reduzir a emissão de gases para 37%, em 2025, e 43%, em 2030

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O Brasil vai usar a COP-26, em Glasgow, em novembro, para confirmar a meta de eliminar o desmatamento ilegal no país até 2030. A Conferência, na Escócia, reunirá líderes mundiais e deve ser marcada por pressões em favor das metas de redução dos gases do efeito estufa. Ao longo dos últimos meses, os debates entre as nações vem se intensificando.

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Na Câmara dos Deputados, o secretário de soberania do Ministério das Relações Exteriores, Paulo Franco de Carvalho, defendeu novos financiamentos. “No nosso entendimento, a reunião de Glasgow só será exitosa, só alcançará seus objetivos se nós levarmos em conta as necessidades dos países em desenvolvimento. E elas se concentram muito na questão do financiamento climático. Nós precisamos, todas as partes da convenção, aumentar o montante de previsibilidade e fluxos financeiros para alcançar o compromisso que foi assumido pelos países desenvolvidos lá em 2009, há 11 anos, de termos, no mínimo, US$ 11 bilhões para fins de utilização e recursos, seja adaptação, seja para mitigação. Nós assumimos o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até, no máximo, 2030”, declarou.

De acordo com o embaixador Paulo de Carvalho, a meta do Brasil é reduzir a emissão de gases para 37%, em 2025, e 43%, em 2030. A diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Ane Alencar, considera possível unir o agronegócio à preservação. “É importante uma agenda voltada para o agronegócio, porque, como a gente sabe, o agro é um setor importante da economia brasileira. Mas a gente não pode deixar de tratar o desmatamento. O que o mundo espera que o Brasil apresente na COP-26 medidas muito claras e um caminho muito bem traçado para zerar o desmatamento ilegal hoje”, afirma. Ane ainda sugeriu discussões para reduzir também o desmatamento legalizado.

O diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, Luis Fernando Guedes, avalia que o Brasil precisa recuperar áreas devastadas. “A gente vai precisar de outros mecanismos, além do código florestal, para restaurar a mata atlântica, porque infelizmente os TRA dos Estados não têm incentivado a restauração de reserva legal. Há muitas brechas para compensar e a gente só tem a garantia da reserva das APP”, pontua. A reserva legal, citada por Guedes, é a área mínima de vegetação nativa de uma propriedade. Em meio aos debates na COP-26, o Brasil enfrenta desafios internos como ameaça de desabastecimento de água e energia em razão da seca. (Jovem Pan)

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