A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o professor de química Diogo Viola de Nadai, suspeito de ser o mandante do assassinato da engenheira Letycia Peixoto Fonseca, que estava grávida de oito meses. Letycia tinha sido aluna de Diogo há quase uma década e mantinha um relacionamento com ele por pelo menos cinco anos, apesar de ele ser casado legalmente e viver com outra mulher. No dia do crime, Diogo havia pedido R$ 16 mil emprestados a Letycia, mas ela teria negado. A mãe da engenheira, Cintia Fonseca, que também foi ferida no ataque, relatou que Letycia vinha pensando em encerrar o relacionamento com o professor.
As investigações mostraram que Diogo era possessivo e tóxico com Letycia. Ele costumava cercá-la tanto que ela acabou se afastando de todos. Uma tia de Letycia relatou à polícia que dois anos atrás, enquanto a sobrinha dormia, Diogo conseguiu liberar o celular dela colocando a digital dela no leitor. Ele viu mensagens em que a namorada reclamava da relação deles e então teve uma briga feroz com ela. Um caso de agressão física também foi relatado pela tia.
A esposa de Diogo confirmou que não mantinha mais qualquer tipo de relação com ele e que sabia que ele tinha um outro relacionamento, embora estivessem dividindo uma residência desde o fim de fato do casamento. Diogo também tinha vários problemas com jogos de apostas e inúmeras dívidas. Letycia teria dito à mãe que os boletos se empilhavam na mesa de casa, inclusive de uma loja de calçados que ele mantinha com a ex-esposa. O professor e comerciante apenas dizia que “não iria pagá-los”, como forma de pressionar a sócia a quitar os valores.
Um fato que chocou os policiais é que no dia do crime, Diogo teria chegado ao hospital e perguntado “se ela já tinha morrido”, em referência à própria companheira. Cintia falou que ele não dava a mínima para a gravidez de Letycia e que sequer comprou uma só roupa, ou outro item, para a criança. Diogo também costumava sumir de casa constantemente, ficando até duas semanas sem aparecer e retornando sempre de madrugada, sem explicar onde estava.



