Trabalhadores terceirizados da prefeitura são fotografados tendo como transporte um caminhão baú e almoçando dentro do canil
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Foto: Divulgação

Trabalhadores terceirizados da prefeitura são fotografados tendo como transporte um caminhão baú e almoçando dentro do canil

O presidente do Sinsej afirmou que os trabalhadores não são servidores públicos, mas estão trabalhando em uma obra gerida pela prefeitura. Ela ressaltou que várias denúncias já haviam sido feitas sobre a falta de equipamentos de segurança.

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O Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej) denunciou condições de trabalho degradantes, comparáveis ​​à escravidão, em uma obra terceirizada que está sendo realizada na unidade de Bem-estar e Proteção Animal da cidade. Um vídeo gravado pelos representantes do sindicato mostrou os trabalhadores, que são forças de serviço da empresa terceirizada, chegando dentro de um caminhão baú fechado, além de almoçando em condições insalubres. O presidente do Sinsej afirmou que os trabalhadores não são servidores públicos, mas estão trabalhando em uma obra gerida pela prefeitura. Ela ressaltou que várias denúncias já haviam sido feitas sobre a falta de equipamentos de segurança.

A obra, foi contratada pela prefeitura de Joinville em 2020 por um valor de mais de R$ 1,3 milhão. O contrato inicial tinha duração de 12 meses, mas um aditivo publicado em 2022 no Portal da Transparência do município prorrogou o prazo de execução até 5 de março de 2023.

Durante conversa com os trabalhadores, o sindicato descobriu que havia um desconto de R$800 em seus documentos, valor usado justamente para alimentação e transporte. O presidente do Sinsej afirmou que era desumano ter uma quantia tão alta descontada e ainda ser transportado dentro de um caminhão baú e almoçando no chão do canil. Ele expressou preocupação caso a mesma empresa participe de outras licitações.

O Sinsej protocolou uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho, dando conta do que foi visto, filmado e fotografado. O secretário da Secretaria de Meio Ambiente disse que não estava ciente do ocorrido no Centro de Bem-estar Animal, mas afirmou que qualquer conduta que violasse as condições contratuais seria apurada. Ele explicou que a obra é fiscalizada pelos servidores da Sama e da Secretaria de Infraestrutura Urbana, que já notificaram a empresa executora por diversas irregularidades. A empresa contratada apresenta dois nomes, mas segundo informações da prefeitura de Joinville, a empresa teve uma mudança de endereço e consequentemente, de razão social, razão pela qual o novo nome foi inserido no ano passado.

Caso o Ministério Público do Trabalho considere que a conduta e o tratamento dado aos trabalhadores são irregulares, a empresa pode ser impedida de participar de outros processos licitatórios.

Veja as imagens:

Com a informação Folha Metropolitana.

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