A Via, companhia proprietária das marcas de varejo Casas Bahia e Ponto (antigo Ponto Frio), revelou hoje um ambicioso plano de reestruturação, marcando o fechamento de até 100 de suas lojas até o final de 2023, acompanhado por uma redução significativa de força de trabalho com a demissão de 6 mil funcionários.
O foco da empresa está em otimizar a eficiência operacional, tendo como objetivo principal uma redução de estoque no valor de até R$ 1 bilhão ainda neste ano. A Via planeja implementar mudanças no financiamento de seus produtos, especialmente no que se refere à modalidade de crediário oferecida aos clientes.
O presidente da Via, Renato Horta Franklin, afirmou que a empresa já está em andamento com a implementação do plano, que prevê o fechamento de 50 a 100 lojas físicas. A estratégia visa aprimorar a lucratividade, com a empresa direcionando produtos de menor rentabilidade, principalmente aqueles de menor valor, para sua plataforma online, enquanto mantém nas lojas físicas aqueles produtos que geram maior retorno financeiro.
As mudanças são uma resposta às transformações no mercado e à ascensão do comércio digital. Franklin explicou que a Via já havia buscado o crescimento por meio das vendas online e da expansão das lojas físicas, mas agora opta por concentrar esforços em otimizar os ativos já presentes. A empresa também prevê uma redução de até 40% nos investimentos. No entanto, detalhes sobre o cronograma exato e os resultados financeiros até 2025 ainda não foram divulgados pela nova gestão da companhia. Além disso, a Via planeja fortalecer sua estrutura de capital por meio de modificações na captação de recursos e da monetização de ativos.
Os resultados financeiros do segundo trimestre de 2023 refletiram as mudanças em andamento, com um prejuízo trimestral de R$ 492 milhões e um declínio nas receitas. O Ebitda ajustado teve queda de 32,1% em relação ao ano anterior, e a receita líquida sofreu um recuo de 2,1% em comparação ao mesmo período anterior. No entanto, a Via mira uma transformação substancial em sua estrutura e operações para otimizar sua lucratividade nos próximos anos.
Com a informação G1.



