Mãe diz ter sido retirada de voo com filha que não tem braços e pernas – Notícias
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Foto: Arquivo Pessoal

Mãe diz ter sido retirada de voo com filha que não tem braços e pernas

Companhia aérea é acusada de constranger mãe e filha após recusar condições de viagem

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Um incidente envolvendo a companhia aérea Gol gerou controvérsias quando uma mãe, Naíde Sales, foi retirada de um voo com sua filha, Maria Vitória, de 8 anos, que nasceu sem braços e pernas. A mãe, que havia arrecadado dinheiro para viajar do Ceará para São Paulo para uma avaliação médica para sua filha, alega que a Gol se recusou a permitir que Maria Vitória viajasse de forma segura.

De acordo com o advogado da família, João Mota, Naíde comprou três passagens, incluindo uma para a avó de Maria Vitória, pois a filha depende de assistência constante. Na viagem de ida com outra companhia aérea, Naíde pôde levar sua filha no colo, já que ela não consegue sentar em uma cadeira. No entanto, na volta com a Gol, uma comissária de bordo alegou questões de segurança e afirmou que a criança só poderia permanecer no avião se estivesse sentada com um cinto de segurança – o que não era possível para ela.

O advogado argumentou que, em casos de conflito de normas, deve-se optar pela norma que beneficia a pessoa, citando princípios constitucionais e leis de direitos do consumidor. Ele planeja entrar com uma ação por danos morais contra a Gol, alegando que a companhia agiu de forma arbitrária e causou um dano moral significativo à mãe e à criança.

Após serem retiradas do voo, Naíde, Maria Vitória e a avó tiveram que encontrar uma solução para retornar para casa por conta própria, sem assistência da Gol. Outra companhia aérea, segundo o advogado, providenciou o retorno gratuito da família para Fortaleza.

A Gol emitiu um comunicado lamentando o ocorrido, explicando que, segundo o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil, crianças com mais de dois anos de idade não podem viajar no colo de um adulto. A companhia afirmou que só foi informada sobre a impossibilidade de Maria Vitória viajar sentada em seu assento no momento do embarque e destacou a importância de os clientes informarem com antecedência sobre necessidades especiais para que a companhia possa providenciar as condições ideais de conforto e segurança.

O caso levantou debates sobre políticas de assistência a passageiros com necessidades especiais e o equilíbrio entre a segurança a bordo e o tratamento digno dos passageiros. A Gol enfrenta críticas públicas e possíveis consequências legais em relação à situação, enquanto a família busca justiça e conscientização sobre os desafios enfrentados por pessoas com necessidades especiais ao viajar.

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