Gabinete do Ódio: Sala no Planalto produzia mensagens difundidas por Bolsonaro, aponta PF – Notícias
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Foto: GloboNews/Reprodução

Gabinete do Ódio: Sala no Planalto produzia mensagens difundidas por Bolsonaro, aponta PF

Ex-ajudante de ordens revela à Polícia Federal estrutura utilizada por assessores presidenciais para produzir conteúdos atacando instituições democráticas.

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Uma investigação da Polícia Federal revelou que o ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, testemunhou que três assessores presidenciais operavam em uma sala do Palácio do Planalto para produzir parte do conteúdo que o então presidente disseminava em seus contatos e nas redes sociais. Este material continha ataques às instituições democráticas, especialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF), conforme constatado pela investigação da PF.

O depoimento de Cid, dado em 28 de agosto como parte de um acordo de delação premiada, reforça a suspeita central da PF no inquérito das milícias digitais, apontando que Bolsonaro e seus aliados usaram recursos governamentais para atacar e fragilizar as instituições. O grupo referido como “gabinete do ódio” era composto por Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz, conforme mencionado por Cid.

Os assessores Tércio Arnaud Tomaz e José Matheus Sales Gomes, nomeados no início do governo Bolsonaro, e Mateus Matos Diniz, que ocupava um cargo na Secretaria de Comunicação, eram apontados por Cid como parte desse núcleo. Segundo o ex-ajudante de ordens, esse grupo tinha conexões com o vereador Carlos Bolsonaro e operava sob sua liderança, produzindo conteúdo que era distribuído nas redes sociais. No entanto, Tomaz negou a existência do “gabinete do ódio”, afirmando que se tratava da assessoria especial do presidente da República.

A PF busca confirmar as informações trazidas por Cid, visando fechar o ciclo de disseminação de notícias falsas, desde a produção até a repercussão. Segundo o militar, o grupo funcionava para monitorar as redes sociais e gerar engajamento, contatando influenciadores para replicarem conteúdos. Cid detalhou que os assessores trabalhavam em uma sala sem janelas e sem controle de entrada no terceiro piso do Palácio do Planalto, próximo ao gabinete presidencial.

Ainda não houve manifestação da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre as acusações trazidas pelo depoimento de Cid à PF.

Com a informação G1.

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