Na quarta-feira (24/7), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil tomou a decisão de cancelar o envio de servidores para acompanhar as eleições na Venezuela. A medida foi tomada em resposta às críticas feitas pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao sistema eleitoral brasileiro. Durante um comício em Aragua, Maduro afirmou que “no Brasil, não auditam um único boletim de urna”, uma declaração que gerou reação imediata da presidente do TSE, Cármen Lúcia.
O TSE emitiu uma nota oficial enfatizando que as declarações de Maduro são falsas e que as urnas eletrônicas brasileiras são “auditáveis e seguras”. A Justiça Eleitoral brasileira destacou que não admite que “por declarações ou atos desrespeitosos à lisura do processo eleitoral brasileiro, se desqualifiquem com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil”.
A presidente do TSE, Cármen Lúcia, defendeu vigorosamente o sistema eleitoral brasileiro, afirmando que “as urnas e as eleições brasileiras são auditadas, desde o início do seu processo até o seu final”. Durante uma entrevista ao jornalista Valdo Cruz, do G1, ela enfatizou que jamais foram comprovados quaisquer tipos de fraudes ou erros, reforçando que a Justiça Eleitoral do Brasil “é confiável e pode contar com a confiança da população”.
As declarações de Maduro ocorrem em um momento de tensões políticas na Venezuela, onde o governo frequentemente enfrenta acusações de manipulação eleitoral e repressão política. O cancelamento da missão do TSE ressalta a defesa firme das autoridades brasileiras da integridade do sistema eleitoral nacional e destaca a importância de relações diplomáticas baseadas no respeito mútuo entre nações.