Um grupo de estudantes de uma escola pública de Bombinhas (SC) teve o sonho da formatura frustrado após uma colega gastar R$ 10 mil arrecadados para o evento em apostas no Jogo do Tigrinho. A jovem, de 18 anos, era responsável por guardar o dinheiro da turma e agora é investigada pela Polícia Civil por apropriação indébita.
O caso aconteceu com a turma do curso técnico em hospedagem da Escola de Educação Básica Maria Rita Flor, no Litoral Norte catarinense. O valor era fruto de meses de esforço coletivo — os alunos venderam doces, balas, pipocas e organizaram eventos dentro da escola para arrecadar o montante.
Desaparecimento e confissão
De acordo com o boletim de ocorrência, uma professora — que também era madrinha da turma — foi quem procurou a polícia para relatar o ocorrido. No início de outubro, o grupo havia contabilizado R$ 10.126,04 em caixa. Dias depois, a jovem deixou de comparecer às aulas e parou de responder às mensagens dos colegas e da docente.
Preocupada, a professora decidiu ir até a casa da aluna, acompanhada da diretora e de uma integrante da comissão de formatura. Durante a conversa, a estudante acabou admitindo que perdeu todo o valor apostando no Jogo do Tigrinho, aplicativo de apostas online que vem se popularizando entre jovens no país.
Segundo o relato, a mãe da estudante também estava presente e, inicialmente, disse não saber do ocorrido. A jovem, porém, confirmou o uso do dinheiro no jogo e chegou a rir ao contar o que havia acontecido, conforme registrado pela professora no boletim.
Decepção entre os colegas
A turma, composta por 26 estudantes, ficou indignada com o episódio. No depoimento à polícia, a professora destacou o empenho dos alunos para levantar o valor da formatura, ressaltando o “esforço, dedicação e tempo investidos” por todos ao longo do ano letivo.
O caso está sendo apurado pela Delegacia de Bombinhas, e a escola acompanha o desenrolar da investigação. Ainda não há informações sobre medidas para ressarcimento do prejuízo nem se a festa de formatura poderá ser realizada.