Estudo descobre variante mais agressiva e transmissível do vírus HIV
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Foto: Freepik

Estudo descobre variante mais agressiva e transmissível do vírus HIV

Variante foi detectada na Holanda e ainda não há informações de casos no Brasil

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O arrefecimento das mortes por covid-19 deveria sugerir que o mundo pode respirar aliviado, mas uma pesquisa divulgada pela Universidade de Oxford colocou novamente os especialistas em saúde em alerta. Uma nova variante do HIV, que está sendo identificada como VB, foi encontrada na Holanda e é mais transmissível e prejudicial à saúde dos pacientes contaminados, segundo notícia publicada no Jornal da USP.

Embora não tenha sido foco de atenção nos últimos anos, a Aids mata uma pessoa por minuto no mundo, de acordo com dados da Unaids (programa das Nações Unidas criado ajudar as nações no combate à Aids).

“O HIV sofreu mutações em seu material genético original e essas mutações, que são mais de 300, modificaram de alguma forma as proteínas que o vírus usa para se replicar. A mudança permitiu que ele se tornasse mais ágil, possibilitando, ao infectar uma pessoa, atingir cargas virais mais altas e fazer mais cópias de HIV no organismo. Isso faz com que a doença tenha uma progressão mais rápida que o habitual. Quanto maior a carga viral, maior a transmissibilidade dessa pessoa”, explicou o médico infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Ricardo Vasconcelos.

Ainda não foi possível identificar se essa variante já chegou ao Brasil, de acordo com o infectologista, mas já se sabe que a nova variante responde bem aos tratamentos existentes com antirretrovirais.

Segundo o médico, o grande desafio do HIV não é conter a doença, mas diagnosticar todo mundo e conter a epidemia. “A dificuldade é fazer as pessoas com HIV se testarem e enfrentarem toda a discriminação e sorofobia que existem no mundo.”

Desde o início da pandemia de covid no mundo, estima-se que 36 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à Aids e pelo menos um milhão e meio foram recém-infectadas somente em 2020. (MetroNews)

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