A ciência acredita ter respondido uma pergunta que é comumente feita entre as pessoas: afinal, quando ficamos velhos?
A terceira idade, no Brasil, é considerada a partir dos 60 anos, mas existe uma proposta em curso para aumentar essa marca para 65 anos. Entretanto, uma equipe de pesquisadores da Universidade Stanford investigou o momento em que os primeiros indícios de envelhecimento começam a se manifestar. Segundo eles, esse processo tem início em torno dos 34 anos, atingindo seu ápice após os 78 anos.
Ao invés de se basearem na idade cronológica, os pesquisadores analisaram os níveis de proteínas no plasma sanguíneo de mais de 4 mil participantes, com idades variando entre 18 e 95 anos.
O envelhecimento é um fator de risco considerável para várias doenças crônicas que afetam a longevidade, como apontado pelos pesquisadores em um artigo publicado na revista científica Nature Medicine.
Embora os sinais externos de envelhecimento, como rugas, cabelos grisalhos e declínio sensorial, sejam óbvios, os pesquisadores argumentam que o processo começa internamente muito antes desses sinais se tornarem visíveis. Essas mudanças internas ocorrem entre os 34 e os 60 anos, período que é considerado como idade adulta, seguido por uma fase de maturidade tardia dos 60 aos 78 anos. Somente após os 78 anos é que a pessoa é geralmente considerada como entrando na fase de velhice.
O estudo abrangeu a análise dos níveis de 3 mil proteínas em 4,2 mil participantes de diferentes faixas etárias. Os pesquisadores identificaram alterações em 373 dessas proteínas associadas ao processo de envelhecimento.
Com base nesses achados, os pesquisadores de Stanford elaboraram um algoritmo de inteligência artificial capaz de avaliar a idade biológica de órgãos individuais e estimar o risco de falha desses órgãos. Essa abordagem poderia possibilitar intervenções precoces para melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas, antes mesmo do surgimento de doenças relacionadas à idade.



