Pesquisas recentes mostram que as mulheres podem necessitar, em média, de 20 minutos a mais de sono por noite do que os homens. O motivo está ligado a fatores biológicos, como a atividade cerebral, os ciclos hormonais e a maior prevalência de distúrbios do sono, segundo estudos publicados em revistas como Chronobiology International e Sleep Medicine.
De acordo com os cientistas, o cérebro feminino tende a lidar com múltiplas tarefas ao mesmo tempo, ativando regiões responsáveis por planejamento, regulação emocional e comunicação, o que aumenta a carga cognitiva e a necessidade de recuperação durante o descanso. Além disso, variações hormonais ligadas à menstruação, à gravidez e à menopausa podem interferir diretamente na qualidade do sono.
Outro ponto destacado é que as mulheres apresentam maior incidência de insônia e da síndrome das pernas inquietas, além de passarem por mais interrupções durante o sono profundo. Esses fatores contribuem para a sensação de cansaço e reforçam a importância de personalizar os cuidados com a saúde do sono, combatendo estigmas e reconhecendo as diferenças biológicas entre homens e mulheres.