Covid-19: veja o que já se sabe sobre a Variante Mu
Foto: Freepik

Covid-19: veja o que já se sabe sobre a Variante Mu

Linhagem descoberta pela primeira vez na Colômbia já chegou ao Brasil e tem sido monitorada

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou uma nova ‘variante de interesse’ chamada variante Mu, que vem sendo monitorada pelo órgão de saúde global à medida que casos surgem no mundo. Essa é a quinta variante de interesse do coronavírus atualmente monitorada pela OMS.

As novas variantes são assim classificadas quando apresentam alterações que podem aumentar seu potencial de causar mais danos.

A Mu tem mutações que podem conferir algumas dessas características, mas as evidências ainda estão surgindo.

Se houver mais evidências de que a Mu é mais perigosa e está começando a ultrapassar outras variantes, como Delta, ela pode ser atualizada como uma “variante de preocupação”. As quatro variantes preocupantes são Alpha, Beta, Gamma e Delta.

Onde surgiu e onde já foi identificada?

A variante Mu foi identificada pela primeira vez em janeiro deste ano, na Colômbia, onde é responsável por mais de um terço dos casos de covid-19.

A nova linhagem já esteve em cerca de 40 países, incluindo Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão, Equador, Canadá e em algumas partes da Europa.

No Brasil, já houve casos confirmados na região de Tabatinga, no Amazonas, que faz fronteira com a Colômbia.

A avó de 73 anos, e o neto dela, de 10 anos, foram foram contaminados pela linhagem. A criança não teve sintomas. Já a mulher teve febre e tosse e falta de ar.

Só nos EUA, foram identificados cerca de 2 mil casos até agora, de acordo com a Global Initiative on Sharing All Influenza Data ( GISAID ), o maior banco de dados de novas sequências do genoma do coronavírus no mundo. A maioria dos casos foi registrada na Califórnia, Flórida, Texas e Nova York, entre outros.

Porém, Anthony S. Fauci, um dos maiores especialistas em doenças infecciosas dos EUA, diz que a Mu não é uma “ameaça imediata agora” nos Estados Unidos. Segundo ele, embora o governo estivesse “de olho nisso”, a variante “nem chegava perto de ser dominante”. Neste momento, a Delta é a que mais preocupa, pois é a responsável por mais de 99% dos casos no país.

O que de diferente tem essa linhagem?

As sequências genéticas revelam que a Mu tem oito mutações na sua proteína spike (de pico), muitas das quais também estão presentes em variantes consideradas de preocupação, como a Alfa, Beta, Gama e Delta.

As vacinas existentes protegem contra essa cepa?

Uma das mutações da Mu, como a E484K e a N501Y, ajudam outras variantes a evitar os anticorpos das vacinas. Isso significa que a nova cepa também pode ter esse poder de escapar de parte da proteção oferecida pelas vacinas contra a covid-19.

Mas, como esses dados são de estudos de laboratório, ainda não dá para saber ao certo como a variante realmente funciona na população.

A boa notícia é que as vacinas atualmente protegem bem contra infecções sintomáticas e doenças graves de todas as variantes do vírus até agora.

A variante Mu é mais transmissível?

As evidências mostram que ela é provavelmente “mais transmissível” do que a cepa original do coronavírus descobera na China. A cepa já foi capaz de superar a competição contra a gama e a alfa na maior parte do Equador e da Colômbia.

Mas, apesar de ter sido identificada no início do ano, ainda não superou a Delta.

Quais são os sintomas?

A nova linhagem parece ter os mesmos sintomas de todas as outras cepas do novo coronavírus.

Febre alta, tosse contínua, perda ou mudança no olfato ou paladar são alguns deles.

Via Catraca Livre

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