Vídeos que circulam nas redes sociais, nesta quarta-feira (26/1), mostram ao menos dois carros com alto-falantes reproduzindo mensagens antivacinas e circulando em Novo Hamburgo, Região Metropolitana de Porto Alegre.
Na narração, é possível ouvir: “Atenção, pais: nós todos temos o dever de saber que não é obrigatória a vacina experimental em nossos filhos. E que as escolas não podem exigir e muito menos impedir o acesso de nossos filhos às salas de aula por não terem feito a vacina”.
A mensagem ainda fala de possíveis consequências da aplicação da vacina: “E os fabricantes não garantem a eficácia e não se responsabilizam pelos efeitos colaterais”.
Na tarde desta quarta a Guarda Municipal apreendeu os dois carros que estavam circulando com o áudio. Um Fiat Uno, no bairro Guarani, e uma Fiorino no centro.
Guarda Civil de Novo Hamburgo (RS) apreende dois carros de som que circulavam pela cidade com mensagens antivacina.
Segundo a prefeitura, os veículos (uma Fiorino e um Fiat Uno) foram levados ao pátio do Detran e os condutores foram autuados por infração de medida sanitária. pic.twitter.com/2sg2suhNoH
— Metrópoles (@Metropoles) January 26, 2022
Vacina segura e eficaz
A vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é considerada segura e eficaz.
A imunização permitirá às crianças escapar da infecção e, em um número não desprezível de casos, da morte pela Covid-19, como explica o infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
“A doença acomete as crianças e os adolescentes e pode ser perigosa. Os dados mostram que 0,4% dos óbitos por Covid no Brasil foram de pessoas com menos de 20 anos. Pode parecer pouco olhando a porcentagem, mas essa pandemia nos tirou mais de 617 mil vidas, então, morreram mais de 2,5 mil pessoas com menos de 20 anos”, argumenta ele.
“Se somarmos todas as doenças que acometem a população dessa idade e contra as quais nós vacinamos, não se chega a 2,5 mil em dois anos. Então, o coronavírus preocupa, e muito, entre os jovens”, complementa Kfouri, que vê razões “epidemiológicas, sanitárias, éticas e de saúde pública” para iniciar logo a imunização de crianças.