Vídeo: Repórter se emociona ao vivo ao falar da morte da mãe por Covid-19
Foto: Reprodução | Instagram

Vídeo: Repórter se emociona ao vivo ao falar da morte da mãe por Covid-19

Pedro Neville entrou no ar na Globo News para falar da morte de Nicette Bruno e se emocionou ao vivo; assista

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O repórter Pedro Neville entrou ao ar ao vivo, neste domingo (20), para falar sobre a morte da atriz Nicette Bruno, de 87 anos, vítima da Covid-19, e emocionou também ao falar de uma tragédia pessoal por contra da doença causada pelo novo coronavírus..

Isso porque Lilian de Castro, mãe do repórter, foi uma das mais de 185 mil vítimas da Covid-19 até o momento no Brasil. “Te amo, mamãezinha! Obrigado, minha gente, obrigado demais. Tá difícil. Não tem um dia em que eu não pense na minha mãezinha”, começou ele, ao divulgar em seu Instagram o trecho em que foi ao ar na GloboNews.

“Fico querendo mostrar as evoluções do [filho] Benjamin. As descobertas dele. Mas tenho certeza que ela está vendo tudo de um ângulo muito melhor”, finalizou ele, que também emocionou a jornalista e colega de trabalho Lilian Ribeiro, que estava no estúdio quando ele entrou no ar (assista abaixo)..

Lilian morreu no início de novembro e Neville fez uma emocionante homenagem a ela na época.

Leia abaixo, na íntegra:

Sétimo dia desde que a minha mãezinha passou a olhar por nós de um lugar muito mais especial. Fiz um resuminho sobre ela para a missa:

Lilian Maria Cacella de Castro, 63 anos, era o centro da família, a nossa base. A que tomava as decisões, a que reunia os filhos, netos e noras em sua volta. Tinha um coração gigante.

Divertida, adorava dar uma gargalhada. Gostava bater perna na rua. Se alguém perguntasse, vamos no shopping?, ela seria a primeira a entrar no carro.

Cozinhava incrivelmente. E como a família amava as comidinhas dela. O arroz com feijão tinham o temperinho que só ela sabia dar. Com bolo de carne… a farofinha.. E o risole, que delícia?!

E as sobremesas? Aquela salada de frutas, o bolinho da tarde, a gelatina de morango com leite condensado por baixo. Ela fazia porque sabia que iria nos agradar. Cada comidinha era um presente pra nós.

E, também pensando em agradar, ela passava a semana costurando novos bonequinhos para os netinhos.

Amava novelas. Ultimamente estava vendo o seriado de médicos no Netflix. Quer dizer. Começava a ver, mas dormia no meio. E brigava porque os meninos da casa só queriam ver futebol.

Aliás, nossa mãezinha brigava muito. Mas não brigava sério. Brincava de brigar. Implicava com a gente, filhos, noras e especialmente o marido. E a gente implicava com ela também. Coisa de quem ama.

Colecionou amigas e amigos com seu jeito espontâneo, de risada gostosa. Era boa de conversa, de conselhos, de passar um tempo ao lado. Muitas amigas ela carregava com todo carinho desde a juventude. Outras foi ganhando na escola dos filhos, na natação dos filhos.

Foi uma mãe maravilhosa. Nos passou os melhores valores e povoou esse mundo com lições de amor, generosidade e companheirismo. Só reclamava um pouco quando a gente não atendia o telefone. A qualquer hora que os filhos precisassem dela, ela estaria pronta. A gente se sentia protegido com cada beijinho na cabeça que ela nos dava.

Era uma avó cheia de ternura, que depois de muito bem encaminhar os filhos, vivia pelos netinhos. Também sempre disponível pra eles. E todos os 4 devolviam o carinho gigantesco que ela distribuía. Se você quisesse saber o que era amor bastava observar a maneira com que a vovó Lilian olhava para os netinhos.

E o marido?! Ela e nosso pai completariam 40 anos de casados em janeiro. Era impossível pensar em um sem pensar no outro. Cuidava dele como se fosse mais um filho. Estavam sempre juntos, se apoiando, parceiros, cúmplices. No solzinho da manhã, no cafezinho (ou nos vários cafézinhos da manhã que eles tomavam), nas caminhadas, nas muitas e muitas viagens. Era o porto seguro dele, a melhor amiga, a guia. Se saísse de casa para passear com os filhos e nosso pai ficasse, por exemplo, estava sempre pensando nele. “Será que ele já comeu? Vou levar uma comidinha pra ele”. Como riam um do outro.

Aquela união era a inspiração. E agora os filhos, que já estão há tanto tempo juntos com suas companheiras, mais de 20 anos o Bruno e o Pedro, mais de 15 o Joãozinho, se espelham na relação dos pais para chegar tão longe no casamento com a mesma alegria com que nossa mãe vivia com nosso pai.

Amor. Em resumo, nossa mãezinha, vovozinha, norinha e amiga era o próprio amor. Esse é o legado que ela deixa. Vamos nos amar e ficar juntos. Que saudade gigantesca que ela vai deixar em cada detalhe da nossa vida. Vamos continuar espalhando o que ela mais semeou nesse mundo. O amor”

(Revista Quem)

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