A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre anunciou o início do Programa Dignidade Menstrual, que visa distribuir absorventes gratuitos para mulheres em vulnerabilidade social. A iniciativa beneficia mulheres que recebem o Bolsa Família e estudantes de baixa renda, proporcionando a retirada de 40 absorventes a cada 56 dias em unidades da Farmácia Popular.
A psicóloga Rosa Vilarino, servidora da área técnica da Saúde da Mulher na SMS, destaca que o programa, em vigor na cidade, busca garantir a dignidade menstrual a mulheres de 10 a 49 anos, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) ou estudantes com renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo. Para as pessoas em situação de rua, não há limite de renda.
A retirada dos absorventes pode ser feita em estabelecimentos credenciados pelo Programa Farmácia Popular do Brasil, mediante a apresentação de documento de identificação com foto, número do CPF e a “Autorização do Programa Dignidade Menstrual”. Cada pessoa tem direito a 40 unidades para dois ciclos menstruais, sendo necessário renovar a retirada a cada 56 dias.
Rosa Vilarino destaca que o programa já está em funcionamento em Porto Alegre, proporcionando acesso facilitado às mulheres em toda a cidade. Ela ressalta a importância do programa para garantir a dignidade menstrual, superando desafios e promovendo qualidade de vida para as mulheres em situação de vulnerabilidade.
A deputada Bruna Rodrigues, defensora da dignidade menstrual, destaca a relevância do projeto, lembrando sua experiência pessoal e a importância de informação além da distribuição de absorventes. Ela elogia a nacionalização da pauta nos últimos anos e enfatiza a necessidade de promover a conscientização sobre a saúde menstrual.
Embora o programa nacional do SUS distribua absorventes, Bruna enfatiza a importância de informação adicional. Ela compartilha sua experiência com o projeto Jane, que além da distribuição, enfocava a formação e divulgação de informações sobre saúde feminina. Com o projeto em reestruturação, Bruna destaca a importância de combinar a distribuição com formação e informação para garantir uma abordagem mais abrangente à dignidade menstrual. (Com informações de Luís Gomes, Sul21)