Auxilio emergencial poderá ser prorrogado, diz ministro
Fábio Rodrigo Pozzebon

Auxilio emergencial poderá ser prorrogado, diz ministro

“Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza”, destacou Guedes

Compartilhe esta notícia

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (12) que, se houver uma segunda onda de casos de Covid-19 no Brasil, a prorrogação dos pagamentos do auxílio emergencial será “uma certeza”.

Guedes participou de um evento promovido pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), no qual falou sobre as estratégias e desafios para a economia nos próximos meses.

O auxílio emergencial foi aprovado pelo Congresso para amenizar as perdas de trabalhadores informais afetados pela pandemia. Os pagamentos seguem até dezembro. Segundo Guedes, continuar pagando o auxílio não é o “plano A” do governo, mas será necessário caso o País seja atingido por uma segunda onda da doença.

“Existe possibilidade de haver uma prorrogação do auxílio emergencial? Aí vamos para o outro extremo. Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza. Nós vamos ter de reagir, mas não é o plano A. Não é o que estamos pensando agora”, disse Guedes.

Ele informou que o governo está gastando cerca de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para auxiliar os desassistidos e combater os efeitos da pandemia no emprego e na renda. Guedes acrescentou que, caso uma segunda onda atinja os brasileiros, terá de ser recriado o estado de calamidade pública, que vigora neste ano com autorização do Congresso Nacional, liberando novos gastos.

“A pandemia está descendo, o auxílio está descendo junto, e a economia voltando. Essa é nossa realidade, nosso plano A. ‘Ah, mas veio uma segunda onda’. Ok, vamos decretar estado de calamidade de novo e vamos nós, de novo, com a experiência que temos agora, recalibrando os instrumentos”, disse ele, acrescentando que, nesse caso, “ao invés de gastar 10% do PIB, como foi neste ano, gastamos 4% [em 2021]”.

Impostos

Guedes voltou a citar o imposto sobre transações financeiras para desonerar a folha de pagamentos. Ele afirmou que a equipe econômica não quer criar impostos, mas, sim, promover uma “substituição tributária”, ou seja, acabar com alguns tributos, mas adotar outros.

“Nós não queremos criar um imposto. Queremos desonerar a folha de pagamentos. Quando nós falamos em desonerar a folha, precisamos encontrar uma forma de financiamento dessa desoneração. E daí falamos então no imposto, na verdade, na contribuição sobre transações. Inclusive, principalmente, as digitais, que são as que mais crescem no País. Foi nesse sentido que consideramos essa alternativa de tributação, mas sempre com a perspectiva de que não há aumento de impostos”, declarou.

O Sul

Cobertura do Porto Alegre 24 Horas

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Porto Alegre 24 Horas nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no YouTube. Tem também o nosso grupão do Telegram e no Whatsapp.

Siga o Porto Alegre 24 Horas no GOOGLE News!