Em entrevista ao portal Metropoles, os diretores do iFood João Sabino (diretor de políticas públicas) e Lucas Pittioni afirmaram que o debate para regulamentar o trabalho por aplicativo está avançando no governo federal. A empresa defende uma nova legislação que assegure direitos aos entregadores, como aposentadoria e ganhos mínimos.
Apesar disso, segundo a reportagem, os diretores entendem que o trabalho para o iFood e o vínculo empregatício “são coisas completamente diferentes”. Eles apoiam as recentes decisões da Justiça do Trabalho negando o vínculo de emprego. Atualmente, 200 mil entregadores utilizam o iFood.
Desde o início da pandemia de Covid-19 no país, foram registradas diversas manifestações da classe, nas quais os entregadores expressaram o descontentamento com as condições de trabalho e se manifestaram contra as taxas pagas atualmente pelas plataformas. A categoria reivindica aumento de, ao menos, 100% do valor pago em cada entrega feita hoje, que seria, em média, R$ 5. Ou seja, o valor seria elevado para R$ 10, pelo menos.
De acordo com os executivos, a solução é criar uma regulação que contemple esses profissionais, mas que ao mesmo tempo fomente investimentos no setor privado. O secretário executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Bianco Leal, chegou a falar, nessa segunda-feira (2/8), que apoia a criação de novos regimes de trabalho, diferentes da CLT, e destacou que o novo formato trará menor custo de contratação e menos burocracia para as empresas.
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