A divulgação do IPCA-15 pelo IBGE revelou uma variação significativa nos preços em 2023, com destaque para a redução nos valores das carnes. O índice de inflação, fechando em alta de 4,72%, situou-se abaixo do teto da meta estabelecida. Dentro desse contexto, os alimentos exerceram um papel importante na contenção dos preços, com a alimentação no domicílio apresentando uma redução de 0,82%.
Os cortes de carne, em particular, foram os que mais se destacaram nesse cenário. A picanha teve uma queda de 9,49%, enquanto o filé-mignon registrou uma redução de 12,13%. Outros cortes como contrafilé, alcatra, costela e cupim também apresentaram decréscimos expressivos, variando entre 5,16% e 12,41%. Isso contribuiu para tornar o churrasco mais acessível ao longo de 2023.
Contudo, esse cenário de queda de preços não foi uniforme em todos os setores. Enquanto os valores das carnes diminuíam, outros produtos registraram aumentos consideráveis. As passagens aéreas foram o destaque negativo, com um aumento expressivo de 48,11%. Itens como azeite de oliva (37,76%), ar-condicionado (19,34%), planos de saúde (11,56%), gasolina (11,10%) e cerveja (6,49%) também apresentaram significativas elevações nos preços ao longo do ano.
O IPCA-15, funcionando como uma prévia da inflação, mediu a variação dos preços entre 15 de dezembro de 2022 e 15 de dezembro de 2023. O resultado final do IPCA de 2023, referência para as metas de inflação do governo, será conhecido no início de 2024. Espera-se que confirme um resultado abaixo do teto da meta fixada para o ano. Este ano marcará a primeira vez, desde 2020, que a inflação fechará dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
