Foi entregue, na última semana, um documento na Casa Civil pedindo para que o governo do RS reconsidere a ideia de construir um pedágio na ERS-118, entre as cidades de Gravataí e Viamão. O texto, que é endereçado ao governador Eduardo Leite, também pede para que sejam utilizados os recursos do Fundo do Plano Rio Grande para que a rodovia seja duplicada de forma integral.
O documento afirma que a via é importante para o ligamento de ao menos 10 cidades da Região Metropolitana, sendo que a economia e a população destas localidades dependem da ERS-118. Um dos argumentos levantados pelo “Movimento RS-118 Sem Pedágio” é justamente a importância que a rodovia teve durante as enchentes enfrentadas pelo estado neste ano, que serviu de alternativa para a entrada de suprimentos. Desta forma, um pedágio entre as cidades de Gravataí e Viamão seria prejudicial.
“Essa rodovia é uma das mais estratégicas para o desenvolvimento do Estado e notabilizou-se na catástrofe climática de maio do corrente ano, por ter sido o único caminho rodoviário possível de acesso de entrada e saída da Capital gaúcha. Todo o trânsito durante a enchente por ela fluiu, constituindo naquele período o que se denominou como ‘Corredor Humanitário’, possibilitando a ligação de Porto Alegre com o Estado e com o país”, diz trecho do texto.
Ao menos 13 grupos diferentes, incluindo dos setores econômicos e comerciais, de cidades da Região Metropolitana, assinaram o documento. Os deputados Miguel Rossetto (PT), Patrícia Alba (MDB), Rodrigo Lorenzoni (PL), Stela Farias (PT) e Capitão Martim (Republicanos) também marcaram seu apoio ao texto.