A Embaixada da China no Brasil anunciou neste sábado (2) que 183 novas empresas brasileiras estão autorizadas a exportar café para o mercado chinês. A habilitação, com validade de cinco anos, entrou em vigor no último dia 30 de julho.
A data coincide com a publicação de um decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, incluindo o café. Atualmente, cerca de 35% do café importado pelos EUA tem origem no Brasil. Com o novo cenário, o governo brasileiro busca ampliar mercados, com destaque para a China e a Índia.
A ampliação da parceria comercial com a China não se limita ao café. De acordo com a Administração-Geral das Alfândegas da China (GACC), o número de estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar gergelim para o país asiático aumentou de 31 para 61. O acordo, firmado durante visita de Estado do presidente Xi Jinping ao Brasil, terá validade de quatro anos, a partir de 30 de julho.
O Brasil é hoje o sétimo maior exportador mundial de gergelim, com 5,3% da fatia global, enquanto a China é o maior importador, responsável por 38,4% do consumo mundial.
Outro avanço nas relações sino-brasileiras foi a liberação, na última semana, de 46 estabelecimentos para exportação de farinhas de aves e suínos ao mercado chinês. A autorização é fruto de auditorias e acordos sanitários firmados entre os dois países desde 2023.
Em 2024, a China importou mais de US$ 49,6 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro. As novas permissões comerciais já somam mais de US$ 304 milhões em exportações no ano.
